Quando os cavaleiros da noite se equipavam com as suas armaduras preparando-se para mais uma dura batalha, desta vez com o pretexto de dar as boas-vindas de um dos membros a mais um ano de boémia vida, não suspeitavam que a ornamentação escolhida não se conjugasse com o resto dos membros da urbe que, esquecendo os afazeres semanais e com uma certa nostalgia dos anos 80, pela Constituição paravam a altas horas da madrugada…
Após estacionarem os seus cavalos, de lhes afagar o pelo, num misto de repulsa e de orgulho por ainda se deslocarem em tão primitivo veículo, surpreendidos ficaram quando, à entrada do local de repasto, finas peças de arte oriundas dos mais longínquos locais da terra em sua honra estavam expostas, ansiosas por eles serem admiradas… a surpresa continuou quando, ao entrarem na sala de convívio vislumbraram senhoras que tapavam as suas peles com vestido de noite e senhores que o mesmo faziam com fatos de seda ultrafina… eis que então, o líder da irmandade do vinho, para honrar o aniversariante e orgulhosamente demonstrar de que genes o grupo é feito, tirou do bolso a arma secreta ultimamente não reconhecida pelo líder religioso ocidental, e, acto contínuo por todos copiado, inaugurou oficialmente a festa que todos desejavam…a festa da camisinha…
E lá fora o cão continuava a ladrar…
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